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Resistores Variáveis


Resistores Variáveis

Em um outro artigo aqui no blog em Resistores, foi abordado os resistores fixos, ou seja, aqueles que são fabricados com um único e definitivo valor e que são os mais comuns em equipamentos eletrônicos. Agora veremos dados dos resistores variáveis, cujo valor de resistência pode ser alterado conforme a necessidade de aplicação.

Os resistores variáveis são empregados em muitos equipamentos, como, por exemplo, nos controles de volume dos aparelhos de som, equalizadores, em dimmers de máquinas industriais e em muitos outros equipamentos. Também são usados em ajustes internos de equipamentos de diversos tipos.


Resumidamente neste artigo será abordado os seguintes assuntos:

  • O que são e como funcionam os resistores variáveis.
  • Quais os tipos de resistores variáveis encontrados nos equipamentos eletrônicos.
  • Potenciômetros.
  • Trimpots.
  • Curvas de variação.
  • Valores comerciais.
  • Como a resistência varia conforme o tipo do resistor.

Resistores Variáveis

Nos circuitos eletrônicos em geral, existem aplicações em que é preciso alterar o valor do resistor de modo a ajustá-lo ao funcionamento de um equipamento, ou mesmo mudar o comportamento do aparelho durante a operação. É o que acontece quando desejamos alterar o volume ou o tom da reprodução do som de um rádio ou amplificador. Para essas aplicações, existem os resistores variáveis.

Dentre os diversos tipos de resistores variáveis, os mais comuns são os potenciômetros e os trimpots.


Potenciômetros

Os potenciômetros são resistores variáveis que nos permitem atuar sobre um elemento de controle e mudar sua resistência a qualquer momento. São usados como controles em diversos equipamentos, normalmente instalados em seus painéis. É o caso dos potenciômetros de controle de volume e tom de rádios e amplificadores.

Na imagem abaixo temos os símbolos de representação dos potenciômetros.

Símbolo potenciômetro
Símbolo potenciômetro

Nos potenciômetros rotativos (figura abaixo), existe um cursor que desliza sobre um elemento de resistência, de modo que a resistência entre o ponto A e o cursor varia ao mesmo tempo que a resistência entre o ponto B e o cursor.

Desenho de um potenciômetro
Desenho de um potenciômetro
Desenho potenciômetro 2
Desenho potenciômetro 2

Assim quando o cursor var de A para B, a resistência entre A e o cursor aumenta, enquanto a resistência entre B e o cursor diminui. Enquanto isso, a resistência entre as extremidades permanece constante; é a chamada resistência nominal do potenciômetro.

Vejamos um exemplo: num potenciômetro de 100 ohms, a resistência varia de 0 a 100 entre A e o cursor, e de 100 ohms a 0 entre o cursor e B, mas fica constante em 100 ohms entre as extremidades.

Dependendo da intensidade da corrente que deverá passar pelos potenciômetros, eles podem ser feitos de carbono ou fio. Os de fio são usados no controle de correntes maiores.

Nos potenciômetros deslizantes, ou slide (figura abaixo), o cursor desliza sobre o elemento resistivo de carbono, de modo a termos o mesmo tipo de variação da resistência entre A e o cursor e entre B e o cursor.

Potenciômetro deslizante
Potenciômetro deslizante

Em alguns casos os potenciômetros podem ser duplos ou mesmo incorporar outros elementos de controle de um circuito, como, por exemplo, uma chave que liga e desliga.


Trimpots

Esse tipo de resistor variável é usado na parte interna dos equipamentos, tendo a função de possibilitar ajustes. Normalmente, uma vez ajustados para apresentar uma determinada resistência, os trimpots não são mais tocados, a não ser quando necessário.

Nas imagens abaixo temos a simbologia e na outra a imagem real de um trimpot. Na imagem da simbologia desconsidere as marcações R1 e R2 pois as mesmas apareceram na imagem apenas por ter sido montado a imagem a partir de um software de simulação.

Símbolo trimpot
Símbolo trimpot
Trimpot
Trimpot

Os trimpots são normalmente de carbono e têm o mesmo modo de variação de resistência que os potenciômetros.

Tanto os potenciômetros como os trimpots são encontrados em faixas de valores que vão de poucos ohms até mais de 4,7 Mohms.


Potenciômetros lineares e logarítmicos

A utilidade dos resistores variáveis, principalmente potenciômetros, não se limita à variação do valor e da capacidade de dissipar mais ou menos calor.

Existem aplicações em que precisamos variar de maneira constante e uniforme a resistência apresentada pelo componente num circuito; outras ainda esperam de componente um comportamento não uniforme. Isso nos leva a dois grupos de potenciômetros, que se diferenciam segundo o modo de variação da sua resistência.

Potenciômetros lineares ou lin

Os potenciômetros lineares são aqueles cuja resistência varia em proporção direta com o movimento de seu cursor; ou seja, em proporção direta com o ângulo de giro nos potenciômetros rotativos, ou com o deslocamento do cursor nos potenciômetros deslizantes.

A curva de variação da resistência desses potenciômetros é uma reta, conforme mostra a imagem a seguir.

Gráfico potenciômetro linear
Gráfico potenciômetro linear

Os potenciômetros lineares podem ser usados em aplicações de controle e em outras nas quais seja necessária uma variação desse tipo.

Potenciômetros logarítmicos ou log

O ouvido humano não tem uma característica linear de sensibilidade. Ele é mais sensível aos sons fracos e diminui a sensibilidade para os sons mais fortes, com se houvesse um controle de ganho evitando que nossos tímpanos sejam feridos.

Trata-se de uma curva logarítmica em que a sensibilidade é proporcional ao logarítmico (log) da intensidade sonora.

Como, em muitas aplicações, os potenciômetros são usados como controle de volume sonoro (por exemplo, em amplificadores e outros equipamentos de som), é interessante adaptar esses componentes para que sua curva de variação de resistência esteja de acordo com a sensibilidade do nosso ouvido. Isso possibilita um controle mais suave e preciso do som naqueles equipamentos.

Os potenciômetros que apresentam esse tipo de curva são chamados potenciômetros logarítmicos, ou log. São encontrados nos controles de volume de diversos tipos de aparelhos, possuem uma variação mais suave da resistência no início do movimento do cursor e mais acentuada no centro. Veja na imagem abaixo um exemplo comparativo de um potenciômetro linear (linha vermelha) e potenciômetro logarítmico (linha azul).

Obs.: os potenciômetros lineares e logarítmicos podem ser tanto rotativos como deslizantes. Além desses dois tipos, são encontrados potenciômetros com curvas as mais diversas, adaptadas ao tipo de controle que se quer ter sobre o circuito.


Relembrando o que foi abordado neste artigo.

  • Resistores variáveis são componentes que podem ter sua resistência modificada pela ação de um operador.
  • Os potenciômetros são usados em aplicações de controle nos painéis dos aparelhos.
  • Os formatos e materiais de fabricação dependem da aplicação e de quanto calor devem dissipar quando em funcionamento.
  • Os trimpots são resistores variáveis de ajuste que ficam normalmente dentro dos equipamentos.
  • Os potenciômetros multivoltas são dispositivos de precisão.
  • Encontramos trimpots e potenciômetros numa faixa muito ampla de valores.
  • Os potenciômetros podem ter características diferentes de variação de resistência.
  • Os potenciômetros lineares são aqueles em que temos uma proporção direta entre o movimento do cursor e a resistência.
  • O ouvido humano possui características logarítmicas de sensibilidade aos sons.
  • Existem potenciômetros logarítmicos que são usados em controles de volume de equipamentos de som.

Algumas perguntas e respostas com temas ligados ao conteúdo deste artigo.

O que acontece quando um resistor variável queima?
Diversos problemas podem aparecer nos equipamentos em que isso ocorre. Um deles é a perda de controle ou ajuste do equipamento. É o caso dos equipamentos de som em que potenciômetros de volume estragados provocam ruídos no som.

Como podemos testar um resistor variável?
Os trimpots e potenciômetros são testados medindo-se sua resistência com o multímetro.

Podemos usar um potenciômetro linear numa aplicação que exige um logarítmico?
Em princípio não é conveniente, pois teremos dificuldade com o ajuste, principalmente nas extremidades do movimento do cursor. No entanto, para um caso de emergência, em que um equipamento não pode ser desligado, a troca pode ser feita, mas apenas provisoriamente.

O que é um potenciômetro que “arranha”?
Quando o cursor perde o contato com o elemento de carbono do potenciômetro, quando há sujeira neste elemento ou ele sofre algum desgaste, ao movimentarmos o controle, o contato falha. Se esse potenciômetro estiver sendo usado num equipamento de som (volume ou tom), podem aparecer ruídos, como se alguma coisa estivesse arranhando o componente quando ele é ajustado. Podemos tentar recuperar esse potenciômetro fazendo uma limpeza, pingando no seu cursor umas gotas de algum solvente como álcool, benzina ou acetona e movimentando o eixo do componente várias vezes. Se isso não resolver, o componente deve ser trocado.








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Referências: Tecset Eletrônica
Imagens: Tecset Eletrônica

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